Luiz Gonzaga
Luiz Gonzaga do Nascimento, nasceu no dia 13 de dezembro de 1912 na cidade de Exu - PE.
Em 1926, com apenas 14 anos, já se apresentava profissionalmente, tocando em festas.
Em 1939, ao completar dez anos de exército, teve de dar baixa, pois o regulamento não permitia a permanência de soldados com mais de 10 anos de serviço. No mesmo ano embarcou para o Rio de Janeiro, de onde pegaria um navio de volta para Pernambuco. No Rio de Janeiro conheceu o ex-marinheiro e violonista Xavier Pinheiro, que tocava na noite e apresentava-se em programas na Rádio Vera Cruz. Passou a apresentar-se no Bar Espanhol, no Mangue, zona de baixa prostituição carioca, além de tocar em festas de subúrbio, bares da Lapa e também nas docas, onde corria o chápeu para arrecadar uns trocados. Começou a aprimorar seu repertório tocando músicas da moda, como tangos, valsas e foxtrotes.
No início da década de 1940 comprou uma sanfona de 120 baixos e foi apresentado por Xavier Pinheiro a Antenógenes Silva, o mais famoso acordeonista da época, com quem começou a estudar.
No Rio de Janeiro, depois de algum tempo tocando em bares no Mangue e, em seguida, na Lapa, começou a freqüentar os programas de calouros "Calouros em desfile" de Ary Barroso na Rádio Tupi e "Papel carbono" de Renato Murce, na Rádio Clube. O sucesso nos programas de calouros entretanto não chegava e Gonzaga continuou a apresentar-se nos bares do Mangue e da Lapa.
Em 1944 teve suas primeiras composições gravadas por outra artista, a cantora Carmem Costa, que gravou "Xamego", de sua autoria, e "A mulher do Lino", composta em parceria com Miguel Lima. No mesmo ano gravou, entre outras,o choro "Pingo namorando", o xamego "Fazendo intriga" e a valsa "Vanda", todas de sua autoria. Em 1945 teve gravadas suas primeiras parcerias com Miguel Lima, "Dezessete e setecentos" e o xamego "Xamego da Guiomar", por Manezinho Araújo. No mesmo ano, Gonzaga gravou os primeiros discos como cantor. O primeiro continha a mazurca "Dança da Mariquinha", com música de sua autoria e letra de Miguel Lima. Seu primeiro sucesso como cantor foi a mazurca "Cortando pano", composta em parceria com Miguel Lima e J. Portella, que afirmou Gonzaga como cantor.
Ainda em 1945 conheceu aquele que seria talvez o seu principal parceiro musical, o advogado cearense Humberto Teixeira.
Em 1946 Gonzaga provocaria uma revolução na música popular brasileira ao lançar um novo gênero no mercado, o baião, uma estilização e adaptação de ritmos ouvidos por ele em sua infância e adolescência. A composição de lançamento, um verdadeiro manifesto do novo gênero, foi "Baião", feita em parceria com Humberto Teixeira e lançada pelo grupo vocal "Quatro Azes e Um Coringa" pela Odeon, com acompanhamento do próprio Gonzaga na sanfona. O novo gênero mudou o panorama musical brasileiro e impôs-se como o mais importante até o surgimento da Bossa Nova em fins dos anos 1950. Ainda em 1946, Gonzaga lançou, o xote "Meu pé de serra", além da polca "Pagode russo". Em 1947 gravou de sua autoria e Humberto Teixeira a toada "Asa branca", um de seus maiores sucessos e uma das músicas mais conhecidas e veneradas da música popular brasileira, regravada dezenas de vezes ao longo das décadas, entre outros por Altamiro Carrilho, Severino Januário, Sivuca e Rosinha de Valença, César do Acordeon, Trio Melodia, Dominguinhos, Julião da viola, Fagner, Téo Azevedo, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Carmélia Alves e Quinteto Violado. Com o sucesso retumbante de "Asa Branca" foi convidado a participar do filme "Esse mundo é um pandeiro" de Watson Macedo. Em 1948 lançou apenas um disco, cantando "A moda da mula preta" de Raul Torres e a polca "Firim firim firim", parceria com Antonio Nogueira. No mesmo ano casou-se com Helena Cavalcanti. Em 1949 Gonzaga era o principal astro da música popular brasileira e lançou uma série de sucessos de sua parceria com Humberto Teixeira: a polca "Lorota boa", que entrou na comédia musical "O mundo se diverte" da Atlântida; o xote "Mangaratiba", que foi incluída na comédia musical "Estou aí", da Cinédia; o baião "Juazeiro" e a toada "Légua tirana", além de "Baião", que finalmente recebeu gravação de seu autor.
Entre 1979 e 1984 engajou-se na luta contra a seca que assolou o Nordeste brasileiro naquele período.
Em 1980 foi o indicado do Nordeste para cantar para o Papa João Paulo II em sua visita ao Brasil. No início da década participou da temporada "Sabor Brasil", ao lado de Clara Nunes, Altamiro Carrilho, Waldir Azevedo, João Nogueira e João Bosco.
Em 6 de junho de 1989 participou de seu último show, uma homenagem que artistas de todo o Brasil lhe prestaram no Teatro Guararapes em Recife. Estava com a agenda de São João repleta quando, em 21 de junho, foi internado no Hospital Santa Joana no Recife, vindo a falecer no dia 2 de agosto daquele ano.
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